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Sou daquelas pessoas que gosta de falar de tudo um pouco, gosto de saber o que motiva as pessoas e também o que as faz sofrer. Sou gente do século XXI. Mulher, Esposa, Filha, Irmã, Neta, dona de dois York Shires lindos!,Relações Públicas, Estudante e Escritora.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sonhar acordado estimula a criatividade, sugerem pesquisadores

Eles descobriram que sonhar acordado pode ser consideravelmente comum – e, muitas vezes, bastante útil 


Finalmente, o grande sonhador está obtendo algum respeito. No passado, sonhar acordado era muitas vezes considerado uma falha da disciplina mental, ou pior. Freud rotulou a característica como infantil e neurótica. Livros de psicologia advertiam que ela poderia levar a psicoses. Neurocientistas reclamavam que as explosões de atividade em exames do cérebro interferiam com seus estudos de funções mentais mais importantes.
Porém, agora que pesquisadores analisaram esses pensamentos desgarrados, eles descobriram que sonhar acordado pode ser consideravelmente comum – e, muitas vezes, bastante útil. Uma mente divagante pode proteger você contra riscos imediatos, e mantê-lo na direção ao buscar objetivos de longo prazo. Sonhar acordado pode ser contraproducente, mas algumas vezes isso estimula a criatividade e ajuda na solução de problemas.
Imagine, por exemplo, estas três palavras: ocular, terra, aquecimento. Você consegue pensar em outra palavra que se relacione com as três? Caso não consiga, não se preocupe por enquanto. No momento em que voltarmos a discutir a significância científica deste quebra-cabeça, a resposta pode ocorrer a você através do “efeito incubação”, à medida que sua mente divaga para longe do texto deste artigo – e, sim, sua mente provavelmente divagará, não importa o quão brilhante seja o restante desta coluna.
Divagar da mente
O divagar da mente, segundo definição dos psicólogos, é uma subcategoria do sonhar acordado, que é o termo mais amplo para todos os pensamentos e fantasias – incluindo aqueles momentos em que você deliberadamente se coloca de lado, para imaginar você mesmo ganhando na loteria ou aceitando o prêmio Nobel. Porém, quando você tenta realizar algo e desliza para “pensamentos desvinculados à tarefa”, isso é a mente divagante.
Durante as horas de despertar, a mente das pessoas parece divagar cerca de 30% do tempo, segundo estimativas de psicólogos que interromperam pessoas ao longo do dia para perguntar o quais eram seus pensamentos. Se você está dirigindo por uma estrada reta e vazia, sua mente pode divagar por três quartos do tempo, de acordo com dois dos principais pesquisadores, Jonathan Schooler e Jonathan Smallwood, da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.
“As pessoas deduzem que a mente divagante é algo ruim, mas se não pudéssemos fazer isso durante uma tarefa tediosa, a vida seria terrível”, explica Smallwood. “Imagine se você não pudesse escapar mentalmente de um congestionamento”.
Você ficaria preso observando a massa de carros parados, um exercício mental que é muito menos agradável do que sonhar com uma praia – e muito menos útil do que imaginar o que fazer assim que sair da estrada. Existe uma vantagem evolutiva com o sistema cerebral da mente divagante, afirma Eric Klinger, psicólogo da Universidade de Minnesota e um dos pioneiros nesse campo.
“Enquanto uma pessoa está ocupada com uma tarefa, esse sistema mantém a pauta maior do indivíduo mais fresca em sua mente”, escreve Klinger em “Handbook of Imagination and Mental Simulation”. “Assim, ele serve como um tipo de mecanismo de lembrete, aumentando a probabilidade de que as outras buscas de objetivos permanecerão intactas – e não se perderão na confusão de se buscar muitos objetivos”.
Obviamente, muitas vezes é difícil dizer qual pauta é mais evolutivamente adaptável em dado momento. Se, enquanto o professor dá aula, os alunos começarem a observar colegas do sexo oposto sentados por perto, seus cérebros estarão perdendo conhecimento vital ou trabalhando na pauta mais importante de encontrar um parceiro? Depende da aula.
Desvantagens
Mas mente divagante parece claramente uma estratégia duvidosa, se, por exemplo, você está colado demais no carro da frente – e ele freia. Ou, para citar atividades que foram estudadas em laboratório, quando você está sentado sozinho, lendo “Guerra e Paz” ou “Razão e Sensibilidade”.
Se a sua mente está em algum outro lugar enquanto seus olhos percorrem as palavras de Tolstoi ou Austen, você está perdendo seu próprio tempo. Seria melhor fechar o livro e fazer algo mais satisfatório ou produtivo do que “leitura desatenciosa”, como os pesquisadores chamam isso.
Porém, quando pessoas se sentam num laboratório com nada em pauta, exceto ler um romance e relatar quando sua mente divaga, num período de meia hora eles geralmente relatam de um a três episódios. E esses são apenas os lapsos que eles próprios percebem, graças a seus cérebros divagantes estarem num estado de “meta-consciência”, como o fenômeno é chamado por Schooler.
Ele e outros pesquisadores também estudaram as muitas outras ocasiões em que os leitores não percebem suas próprias mentes divagantes, uma condição conhecida na literatura psicológica como “hiperfoco” (para variar, jargão técnico). Quando os pesquisadores interrompiam esporadicamente a leitura dos participantes para perguntar se suas mentes estavam no texto naquele momento, cerca de 10% das vezes eles respondiam que seus pensamentos estavam em outro lugar – mas eles não estavam cientes da divagação até serem questionados a respeito.
“É assombroso pensar que escorregamos para dentro e para fora com tanta frequência que nem mesmo percebemos que tínhamos saído”, diz Schooler. “Temos essa intuição de que somos obrigados a saber o que se passa em nossas mentes: penso, logo existo. Esse é o último bastião do que sabemos, e nós nem mesmo sabemos isso tão bem”.
Hiperfoco
A frequência do hiperfoco mais do que dobrou em experimentos de leitura envolvendo fumantes que desejavam um cigarro, e com pessoas que receberam um coquetel de vodca antes de começar a ler “Guerra e Paz”.
Além de aumentar a quantidade de divagações, a pessoa deixou o álcool com menos chances de perceber quando sua mente divagava do texto de Tolstoi. Em outro experimento de leitura, os pesquisadores distorceram uma série de frases consecutivas, trocando a posição de dois substantivos em cada uma – da forma como “álcool” e “pessoa” foram trocadas na frase anterior deste parágrafo. No experimento em laboratório, mesmo com os leitores sendo avisados para procurar partes sem sentido em algum lugar da história, apenas a metade deles visualizou as trocas à primeira vista. O restante leu a primeira frase distorcida e continuou adiante, passando por diversas outras antes de notar qualquer coisa fora de ordem.
Para mensurar mais diretamente a divagação mental, Schooler e dois psicólogos da Universidade de Pittsburgh, Erik D. Reichle e Andrew Reinebergm, usaram uma máquina que rastreava o movimento dos olhos dos participantes enquanto liam “Razão e Sensibilidade” numa tela de computador. É bom que Jane Austen não esteja por aqui para ver os resultados do experimento, que deverão aparecer numa das próximas edições da “Psychological Science”.
Ao comparar os movimentos dos olhos com a prosa na tela, os pesquisadores podiam dizer se alguém estava desacelerando para entender frases complexas ou simplesmente varrendo as letras sem compreender. Eles descobriram que, quando a mente da pessoa divaga, o episódio pode durar até dois minutos.
Exatamente para onde a mente vai nesses momentos? Ao observar pessoas em descanso durante exames cerebrais, neurocientistas identificaram uma “rede padrão”, ativada quando as mentes das pessoas estão especialmente livres para divagar. Quando as pessoas assumem uma tarefa, a rede executiva do cérebro se ilumina para emitir comandos, e a rede padrão muitas vezes fica suprimida.
Mas, em alguns episódios de divagação mental, ambas as redes disparam simultaneamente, de acordo com um novo estudo conduzido por Kalina Christoff, da Universidade da Columbia Britânica. Por que as duas redes ficam ativas ainda é motivo de discussão. Uma escola teoriza que a rede executiva está trabalhando para controlar os pensamentos desgarrados e colocar a mente de volta na tarefa.
Outra escola de psicólogos, que inclui os pesquisadores de Santa Barbara, teoriza que as duas redes trabalham sobre pautas além da tarefa imediata. Essa teoria poderia ajudar a explicar por que, segundo alguns estudos, pessoas inclinadas a divagar também conseguem maiores pontuações em testes de criatividade, como o quebra-cabeça de associação de palavras mencionado anteriormente. Talvez, ao colocar as duas redes do cérebro para trabalhar simultaneamente, essas pessoas tenham maior probabilidade de perceber que a palavra que se relaciona com ocular, terra e aquecimento é globo: como em “globo ocular”, “globo”, e “aquecimento global”.
Para encorajar esse processo criativo, Schooler diz, pode ajudar se você sair para correr, caminhar, fizer tricô ou apenas se sentar rabiscando papel – isso porque tarefas relativamente simples parecem libertar sua mente para divagar de maneira produtiva. Mas você também quer ser capaz de se surpreender no momento “eureca”.
“Para a criatividade, você precisa que sua mente divague”, afirma Schooler, “mas você também precisa ser capaz de perceber que está divagando, e capturar a ideia quando ela aparece. Se Arquimedes encontrasse uma solução na banheira, mas não percebesse que havia tido a ideia, que bem isso lhe teria proporcionado?”
por John Tierney.

Autor: New York Times New Service 
Fonte: R7 Notícias 

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Caminhada

Saí para caminhar
Correr, como se faltasse o ar
Quando cheguei ao lugar
Alonguei a perna para ela não falhar

E quando estava quase completando a volta
Eis que vi ali em volta 
Meu ex, o parecido como o Jon Travolta
Me olhou como se eu o quisesse de volta

Mas nada disso me espantou
Aquele cara que meu coração despedaçou
Foi embora e nunca mais voltou
Demorou, mas minha alma sarou

E quando ele veio conversar
Não quis me animar
Pois o seu jeito de amar
Eu não queria mais provar
    
Então segui em frente
Disse que estava com dor de dente
E derrepente
Ele se arrastou igual serpente

Disse que me amava
E comigo sonhava
Eu duvidava
E já estava ficando brava
 
Então, disse que estava de saída
E ele, que me acompanhava na corrida
Lembrei-o de sua partida
E ele disse que foi por causa de uma exibida

Eu não agüentei
E desde já salientei
Eu amei e confiei
E me decepcionei

Então continuei a correr
Olhando para o escurecer
E sem me deixar abater
Não deixei nem uma lágrima escorrer

Ele não tinha devoção         
E se acaso fosse novamente paixão
Dessas de tirar a gente do chão
Ele viria atrás, e eu diria que não   
Pois desse tipo de ilusão eu não caio mais, não.    

terça-feira, 29 de junho de 2010

Em seus Olhos

Em seus olhos posso ver
A melancolia
O adoecer
A miséria
A infelicidade do teu ser

A cada passo que eu dou
É pra ti esperança
Que o dia amanheça
E a escuridão se vá
Como o pássaro que voou

Sei que não sou tudo
Mas posso ser um pouco
Para quem não tem nada
E fazer, contudo
Uma pessoa ser amada

E assim eu faço o bem
Sem saber, quem não tem
Que me faz melhor
Que me faz alguém
E ser mais do que tem

E nos teus olhos agora vejo
A gratidão
A felicidade e o desejo
De esperança
Que irá florecer

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O que me motiva a escrever

Resolvi que iria escrever tudo o que me deixava triste e frustrada com o mundo e com as pessoas. Sempre fui eleita a conselheira da família, porque sabia ouvir e ajudar a resolver, porém sem julgar. Então, guardo minhas conclusões que eu não posso expressar de maneira "enfática", porque não seria construtivo nem para as pessoas e muito menos para mim, e crio meus  personagens. Alguns deles densos, cheios de questionamentos outros superficiais e egocêntricos. É isso que me motiva a escrever e é assim que nascem os personagens dos meus livros.

Laços entre pais e filhos


Estava dando uma passadinha em um site que eu adoro pesquisar e vi esta matéria muito boa sobre a relação entre pais e filhos. Esta matéria pode ajudar a criar uma relação entre personagens:

Quando os laços se desfazem
Crescem os casos de rompimentos dos filhos com os pais
Embora não existam contas oficiais de pais cujos filhos adultos os afastaram, não há escassez de casos. A medalha de ouro olímpica esquiadora Lindsey Vonn supostamente não tem falado com seu pai pelo menos há quatro anos. O ator Jon Voight e sua filha, Angelina Jolie, foram fotografados juntos em fevereiro pela primeira vez desde que se afastaram em 2002.

Uma série de sites e salas de chat é dedicada ao tema, com devastadores contos de filhos que se recusam a atender aos seus pais ao telefone e e-mail bem como não os deixam ver os netos. Alguns pais procuram aconselhamento para a sua dor, enquanto outros caem em depressão e até mesmo pensam em suicídio.

Joshua Coleman, um psicólogo de São Francisco, E.U.A., especialista em alienação parental, diz que parece estar crescendo mais e mais os casos, mesmo em famílias que não tiveram uma crueldade manifesta ou traumas, como abuso e dependência. Em vez disso, os pais relatam que muitas vezes uma relação estreita se deteriorou após um conflito sobre dinheiro, um namorado ou ressentimentos sobre o divórcio dos pais ou um novo casamento.

"Vivemos em uma cultura que assume que se não houver um estranhamento, os pais devem ter feito algo realmente terrível", disse Coleman, cujo livro "When Parents Hurt" (William Morrow, 2007) centra-se na alienação entre pais e filhos. "Mas não é uma história de filhos adultos que cortaram os pais que cometeram erros flagrantes. É sobre pais que foram bons pais, que cometeram erros que foram certamente dentro dos limites normais".

Dr. Coleman experimentou vários anos de desavenças com sua filha adulta, com quem ele se reconciliou. Reconciliar o relacionamento levou tempo e um esforço persistente por parte de Dr. Coleman. Significou também ouvir as queixas da filha e aceitar a responsabilidade por seus erros. "Eu tentei realmente prestar atenção aos seus sentimentos, fazer as pazes e a reparação do relacionamento", disse ele. "Ao longo de vários anos, o relacionamento voltou lentamente".

Nem todos os pais são tão bem-sucedidos. Debby Kintner, de Somerville, Tenesse, E.U.A., procurou aconselhamento para o seu luto depois que sua filha adulta, e filha única, rompeu o relacionamento. "Ela me atingiu como um trem de carga", disse ela. "Sento-me a revirar as minhas memórias e tento descobrir em que dia foi que deu errado. Eu não sei".

A sra. Kintner conta da vida como mãe solteira, levando uma aluna que insistiu para a mãe a acompanhar em uma viagem de classe em Londres, uma estudante universitária que atendia as chamadas frequentes de telefone e visitava a mãe. As coisas mudaram depois que sua filha iniciou um relacionamento com um namorado e voltou para casa depois de engravidar. Os argumentos sobre a decisão de sua filha para morar com o homem e a recusa da sra. Kintner para dar a sua filha um carro acabou por conduzir à alienação. Ela agora não tem nenhum contato com a filha ou os três netos.

"Eu sabia que os pais e os filhos tinham brigas, mas não havia amor suficiente por parte de minha filha para voltar bem", disse Kintner. "Esta é a sua mãe que te deu uma vida agradável e te amei".

Judith, uma mãe de Augusta, Georgia, que pediu que seu sobrenome não fosse usado na matéria, comenta de uma filha, amorosa e criativa, que experimentou uma adolescência turbulenta. Durante a graduação na faculdade, os pais ficaram chocados quando sua filha realizou um discurso inflamado e irritado sobre sua infância. Mais tarde, a filha pediu ajuda financeira para pagar uma escola da Ivy League. Os pais concordaram, mas quando eles a visitaram, houve mais uma rodada de palavras duras e acusações. Eles retiraram o apoio financeiro e voltaram para casa.

"Eu chorei muito", disse Judith, que procurou ajuda terapêutica. "Estou muito deprimida. Todas as festas são tristes, e não temos qualquer festejamento desde então. Ela era tão querida. Ela era tão amada. Ela ainda é amada. Queremos que ela em nossa vida".

Dr. Coleman acredita que o distanciamento dos pais é uma epidemia "silenciosa", porque muitos pais têm vergonha de admitir que perderam contato com seus filhos.

Muitas vezes, disse ele, os pais desistem cedo demais nessas situações. Ele os aconselha a continuar com cartas semanais, e-mails ou telefonemas, mesmo quando são rejeitados, e também para serem generosos em assumir a responsabilidade por seus erros - mesmo que eles não acreditem que tenham erros no momento.

Afinal, ele continuou, pais e filhos têm perspectivas muito diferentes. "É possível que um pai sinta como se estivessem fazendo algo por amor", disse ele, "mas não sinta o amor desse filho".

Amigos, familiares e terapeutas, muitas vezes, podem ajudar os pais a lidar com a perda de um filho. Então, a reconciliação, geralmente, leva muitas conversas, e não apenas uma.

"Quando eu estava passando por isso, era uma nuvem cinzenta, um pesadelo", disse Dr. Coleman. "Não basta supor que o seu filho o está rejeitando que esse é o fim da conversa. Os pais têm que entrar em uma campanha para que o filho saiba que estão com ele ao longo do tempo".

Tradução: Equipe SIS.Saúde
Autor: Tara Parker-Pope
Fonte: The New York Times
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